Atonement

Atonement
Atonement

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ilha do Medo



Shutter Island, 138 minutos , 2010, EUA, Drama/Suspense
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Michelle Williams, Emily Mortimer, Patricia Clarkson e Max von Sydow.




Depois de muito atraso consegui conferir o mais novo filme de Martin Scorsese. A obra é a quarta parceria do diretor com o ator Leonardo DiCaprio, que por sua vez chega a maior interpretaçao de sua carreira neste longa. Depois de ler opiniões polarizadas acabei me surpreendendo com a grande qualidade do filme que além de ser uma viagem brilhante por dentro da mente humana, revelando muitas de suas potencialidades, funciona também como um tratado acerca da linha tênue entre sonho e realidade.

Na história Teddy Daniels (Leonardo) é um detetive que viaja ao lado de seu parceiro Chuck (Mark Ruffalo) para uma remota ilha que abriga um hospital psiquiátrico para doentes violentos. Seu objetivo é encontrar uma paciente desapaercida, Rachel (Emily Mortimer), acusada de matar afogados seus três flhos pequenos. Logo também descobrimos que Teddy tem motivos pessoais para estar ali. Traumatizado com a morte da esposa, morta em um incêndio em seu apartamento, ele busca se vingar do causador do acidente que se encontra internado na ilha. Contar mais seria estragar as surpresas do longa.

Ilha do Medo foi bastante subestimado tendo até recebido comentários que acusavam seu roteiro de previsível e sua história de absurda. Eu discordo. Acredito que a maioria das pessoas olhou o filme com superficialidade, encarando-o como um mero suspense quando na verdade é o mais incisivo estudo da mente humano realizado por Scorsese; e olha que ele já tinha feito trabalhos brilhantes neste campo como em touro Indomável e Táxi Driver (só para ficar em exemplos mais conhecidos). O filme mostra toda a capacidade da mente humana de criar, imaginar, sonhar, criar refúgios e até mesmo mentir e enganar. Através da sua história também podemos refletir acerca do que é realidade e do que é sonho e a nos perguntar se o real e o imaginário é igual para todos ou se isso depende da perspectiva de cada uma. São questões complexas, que exigem reflexão e que não necessariamente precisam de respostas.

O filme no entanto já valeria pelo exercício brilhante de direção de Martin Scorsese, que nos brinda com um filme tenso e por vezes aterrorizante. Eu poderia ficar horas descrevendo cenas brilhantes e momentos inspirados mas acho melhor que cada um confira e sinta o prazer de assisir a esta obra. Destaques para a fotografia extraordinária que mergulha o filme em uma atmosfera deprimente e claustrofóbica, o que acaba refletindo também a personalidade de seu protagonista, para a direção de arte e trilha sonora perfeitas e para o elenco incrível. Ben Kingsley, Patricia Clarkson e Emily Mortimer estão em pequenas mas luminosas participações, mas quem rouba mesmo a cena é o protagonista Leonardo DiCaprio num papel extremamente instenso e dramático. Não seria exagero dizer que ele está na melhor interpretação de sua carreira, provando que ao contrário do que muitos duvidavam há alguns anos atrás ele é sim um ótimo ator.

PS: Não podemos deixar de mencionar a cena final. é um momento devastador e que pela sua força e capacidade de emocionar e até chocar já valeria o filme inteiro.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Medos Privados em Lugares Públicos completa 3 anos em cartaz


No dia 13 de julho de 2010 Medos privados em Lugares Públicos, drama de Alain Resnais que conta a história de seis personagens com dificuldades de relacionamento e em busca do amor em Paris, completou 3 anos em cartaz na cidade de São paulo, superando em larga escala o recorde de O Filho da Noiva de Juan Jose Campanella que ficou em exibição por um ano e meio. Segundo informações do Cine Belas Artes, cinema onde o filme continua em cartaz com uma exibição por dia, o filme já foi visto por mais 90 mil pessoas e não tem previsão para sair de cartaz.

Segundo Léo Mendes, assistente de programação do Belas Artes o filme recebe o mesmo número de espectadores que um lançamento em exibição no mesmo horário - "O tempo passou e o filme foi ficando em cartaz. Quando estava para completar um ano, resolvemos deixar mais um pouco. Percebemos que ainda havia público interessado", diz ele.

Assim é muito gratificante saber que um cinema mais autoral e alternativo tem conseguido espaço para exibição e vem conquistando um bom público. Os números de Medos Privados em Lugares Públicos podem parecer pequenos frente aqueles alcançados por blockbusters como Eclipse ou Shrek, mas é bastante alto considerando o tipo de filme que ele é e a pequena distribuição que esse tipo de obra tem aqui no Brasil. Casos como o do filme de Alain Resnais nos fazem acreditar que ainda há esperança para obras independentes e alternativas.

Mas a mensagem mais importante que essa notícia pode nos passar é a da necessidade de preservação do Cine belas Artes. Como muitos sabem há cerca de um mês atrás o cinema anunciou que fecharia suas portas devido a problemas financeiros e falta de patrocínio. No entanto fica claro que um lugar de preservação da boa arte, cada vez mais raros hoje em dia, não pode simplesmente fechar. O Cine Belas Artes pode ser considerado um agente proporcionador de esperança para a continuidade do cinema independente e por isso todos devemos contribuir para a sua salvação. No 5 de julho a porprietária do restaurante La Casserole abriu uma campanha para ajudar o belas artes intitulada "Salve o Belas Artes: Tudo Pode Dar Certo". O mesmo reuniu outros 16 restaurantes para contribuir à campanha, que consiste no recebimento de um ingresso para assistir a algum filme na compra de pelo menos cinco reais em qualquer um dos restaurantes.

A campanha se estenderá até 5 de setembro. Aqules paulistanos que poderem contribuir, através da campanha ou mesmo indo diretamente ao cinema assitir a um longa estará ajudando a preservar não só um cinema, mas também a boa arte que lá habita.

domingo, 18 de julho de 2010

A Saga Crepúsculo - Eclipse


The Twilight Saga: Eclipse, 124 minutos , 2010, EUA, Roamance/Aventura
Direção: David Slade
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Bryce Dallas Howard e Dakota Fanning


Dirigido por David Slade, chegou aos cinemas neste mês o terceiro capítulo da saga protagonizada pelos populares e inexpressivos Kristen Stewart e Robert Pattinson. O série no entanto, apesar do enorme sucesso entre os adolescentes consegue a proeza de chegar ao terceiro episódio sem dizer absolutamente nada. O filme começa e termina extamente da mesma forma que os antecessores.

A história (se é que é necessário contá-la) mostra a mesma enrolação dos filmes Crepúsculo e Lua Nova: morde ou não morde, casa ou não casa, transa ou não transa. Enquanto Edwar e Bella vievem seu romance proibido, Jacob começa a investir na garota, colocando-a em dúvida entre seu romance com o vampiro e a amizade com o lobo. Paralelamente a vilã Victoria (sim, ainda aquela vilã do primeiro filme, desta vez intterpretada por Bryce Dallas Howard) prepara um exército de vampiros recém-mordidos para atacar o clã dos Cullen e matar Bella, obrigando que estes últimos se juntem aos lobos para defender a garota.

O filme ameaça ficar interesente quando o pesonagem de Jacob começa a intensificar suas investidas em Bella, colocando a garota em dúvida sobre quem ela realmente ama. No entanto, o triângulo amoroso nunca chega a empolgar e isso se deve certamente ao péssimo trabalho do elenco. Taylor Lautner ainda consegue se sair satisfatoriamente mas Kristen e Robert são mais inexpressivos que uma pedra, isso sem falar da própria falta de interesse que seus personagens despertam. Acaba sendo impossível torcer ou se envolver por Edward e Bella e é igualmente incompreensível a atração que os personagens sentem entre si. Quem poderia se apaixonar por uma garota chata e depressiva como srta. Swan?

Tudo isso já bastaria para dizer que Eclipse não é um bom filme, mas ainda tem mais. O material de base do longa é fraco; Stephenie Meyer compôs uma mitologia fraca, suas criaturas tem características pouco interessantes e que não acrescentam em nada às lendas de vampiros e lobisomens. O roteiro da obra também não faz nada para melhorar o original; os diálogos são risíveis, a ação é mal aproveitada e muitos personagens são mal explorados.

Durante toda a projeção acompanhamos um treinamento para enfrentar os vampiros recém-fomados (que segundo descrição de um determinado personagem são criaturas extremamente fortes) no entanto, o que prometia ser uma bela sequência de ação resulta numa cena rápida e pouco emocionante que não condiz com a ansiedade levantada sobre o poder dos adversários. Também causa estranhamento o fato de haver inúmeras mutilações nestas cenas sem que nenhuma um pingo de sangue seja derramado (o que soa até contraditório em se tratando de vampiros). A vilã Victoria, que durante três filmes mais pareceu um rato de esgoto que só corre o filme inteiro é derrotada com tanta facilidade que nos faz pensar o porquê de terem sido necesários três filmes para que isso acontecesse. Outro ponto negativo é a pequena participação dos Volturi, possivelmente os personagens mais interessantes da saga que são relegados à uma ponta, além de não terem nenhuma função na trama. Como disse Felipe Tostes do Cineplayers, Dakota Fanning deve ter passado mais tempo fazendo as fotografias para o poster do que filmando

Também é triste constatar que numa série de tanto sucesso e que arrecada tanto em bilheteria não tenha sequer investido em um visual mais interessante. Seus efeitos especiais são pouco convinscentes, a maquiagem é amadora e a fotografia bastante fraca. Fica realmente difícil entender o porquê dessa série fazer tanto sucesso. A única explicação plausível é mesmo a aparência dois protagonistas masculinos, que leva milhares de garotas aos gritos no cinema (o que faz da experiência de assistri a este filme ainda mais desagradável).

terça-feira, 13 de julho de 2010

Toy Story 3


Toy Story 3, 103 minutos , 2010, Animação
Direção: Lee Unkrich
Elenco: Vozes de Tom hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Michael Keaton.



Dez anos após o lançamento do segundo episódio a Pixar volta a apostar em uma continuação de seu pioneiro desenho, Toy Story, e prova que sequências, sejam elas a primeira, segunda ou terceira continuação, podem ser tão boas ou melhores que os originais, basta competência e criatividade.

Toy Story 3 começa com uma aventura imaginária envolvendo a turma de brinquedos encabeçada por Woody e Buzz. Já nesse prólogo a nostalgia toma conta da projeção. No momento em que o trem sai dos trilhos em meio à ação era possível ouvir diversas pessoas falando no cinema: "lá vem o Buzz, lá vem o Buzz". Esse é talvez o maior mérito deste longa. Pegar personagens memoráveis que caíram nas graças do público e colocá-los em uma situação com a qual todos nós nos identificamos: a jornada rumo ao amadurecimentos, as mudanças de fase na vida, as despedidas, as perdas e até a morte.

São questões complexas mas que todos nós enfrentamos. Afinal, quem é que nunca teve brinquedos que adorava e acabou tendo de os abandonar? Quem nunca teve de deizer adeus a uma amigo ou parente? . Toy Story 3 insere esses temas em meio a uma aventura deliciosa, repleta de ação e humor e acaba conquistando públicos de todas as idades, nos proporcionando uma verdadeira montanha russa de emoções.

O roteiro e a narrativa do filmes são excelentes, conseguindo mesclar ação, humor, drama e reflexão de forma brilhante; desenvolvendo seus personagens de forma primorosa e mantendo seu tema no centro da narrativa durante todo o longa, ao contrário da obra anterior da Pixar, Up - altas aventuras, que apresentava começo e final emocionate e reflexivo e um desenrolar comum e pouco original. A parte técnica também é brilhante, como de praxe em todas as animações da produtora.

Na história, Andy completa 17 anos e se prepara para ir à faculdade. Temerosos por não saberem seus destinos, Woody, Buzz e a turma acabam sendo doados por engano a uma creche e viverão uma aventura para voltar à casa de seu antigo dono antes que ele vá embora.

Ao final Toy Story 3 pode até não ser tão original, mas com a capacidade extraordinária que ele tem de comover e quebrar o mais gelado dos corações isso acaba não significando nada. Só resta dar os parabéns a Pixar que conseguiu (não que isso seja novidade, é claro) lançar a melhor animação e também o melhor filme do ano até o momento. É também a obra mais comovente que a produtora já realizou. Seu final único e melancólico é sério candidato a melhor cena do ano.

domingo, 11 de julho de 2010

Meus Favoritos

Abaixo meus filmes favoritos em ordem de preferência. Sem nenhuma pretensão de dizer que essas são as melhores obras que o cinema já produziu, a única coisa que posso afirmar é que são essas as pérolas que mais me marcaram de inúmeras que a sétima arte já lançou. São filmes de diversos gêneros, que me causaram diversas e genuínas emoções.

Como poderei esquecer a dança no espaço de Wall-e e Eve, o final assombroso de O Bebê de Rosemary ou a cena da escadaria de Crepúsculo dos Deuses?

Não fiz comentários, pois não seria justo relegar a obras como essas tão poucas palavras. Ao longo das minhas postagens no blog dedicarei tempo a falar mais e muito bem dessas jóias.


1 - Crepúsculo dos Deuses

2 - Wall-e


3 - Moulin Rouge - Amor em vermelho

4 - Amor à Flor da Pele


5 - Fale Com Ela


6 - Magnólia


7 - O Encouraçado Pontenkim

8 - 2001 - Uma Odisséia no Espaço


9 - A Laranja Mecânica
10 - O Bebê de Rosemary


11 - Psicose


12 - A Malvada


13 - 12 Homens e Uma Sentença

14 - O Que terá Acontecido a Baby Jane


15 - O Labirinto do Fauno

Olá...

Olá pessoal. Estou iniciando hoje minha jornada como blogueiro. Meu nome é Hudson, tenho 18 anos, moro em São Paulo, sou estudante de administração de empresas e a minha grande paixão é o cinema, a maior de todas as artes (na minha opinião, é claro), capaz de proporcionar um turbilhão de emoções de uma só vez e fazer com que você passa pelas mais deiversas experiências acompanhando grandes personagens. Uma arte completa que transmite sentimentos e informaçãoes através da imagem, das palavras e até da música. Sou fã de cinema em todas as suas facetas: o cinema independente, o cinema comercial, as obras autorais, os grandes clássicos, os filmes de roteiro inteligente e os de visual arrebatador. Sou fã de filmes que me emocionem, seja me fazendo rir, me fazendo chorar ou morrer de medo.

Meu maior objetivo é me formar em jornalismo após acabar a faculdade de administração e me especializar na áreal cultural, atuando como crítico. Assim vou iniciar minha "carreira" aqui, neste blog, de forma amadora, claro, mas com muita dedicação e amor pela arte.

Escreverei especialmente sobre cinema, mas também postarei comentários sobre teatro e televisão além de dicas de eventos culturais, o que inclui exposições e shows. Espero a coloboração dos leitores para que eu possa me aperfeiçoar na arte de ser blogueiro. Aceito dicas e sugestões de todos.

Para começar postarei uma lista com os meus 15 filmes prediletos para que todos possam me conhecer melhor. Em breve começarei a escrever meus cometários acercade filmes vistos em DVD e no cinema.